Sob a companhia do luas,
Iluminada pela noite
Caminho pelas ruas desertas
A procura de uma residênciam,
Uma única residência:a tua.
Interrogo árvores e morcegos,
Postes e praças;
Onde habitas,
O que fazes,
Quem és.
Envolta numa aura de loucura
Vago errante procurando alguém
Que nem ao menos sei quem é.
Apenas um motor impulsiona-me a buscar-te.
Podes ser qualquer um,
Mas sei que és especial.
Um desconhecido familiarmente
Perdido na multidão.
Um jardim;um casebre.
Uma porta de madeira;um quarto.
Uma cama e te encontro
Adormecido no calor de sua miséria.
O pulso palpita,
Voo a teu encontro.
Abraço-te,acarinho-te.
Beijo seus lábios frios.
Estranho a quentura do quarto
Estás frio como o gelo.
Minha mente devaneia:
-Será que apaixonei-me por um vampiro?
Como um fetiche doentio
Prossigo arrastando meus lábios
Por teu queixo,teu peito,teu pescoço.
Pavor!
-Onde está o pulso?
Morto!
Meu desconhecido,
Mesmo sem saber quem és
Amo-te de tal maneira,
Que prefiro transcender e
Unir-me a ti na eternidade.