Parece que ele corre mais depressa,
Esvai-se sem ser percebido e,
Quando se depara
Já se foi pelos ralos do destino.
Se foram as oportunidades,
Se foram os momentos,
Se foi a juventude.
Sua menor parcela
Muitas vezes não se faz notar,
Mas se olharmos para traz,
Foi tão importante
E tão indevidamente aproveitado.
-Oh desgraçada efemeridade!
Levas o melhor da vida,
O melhor dos outros,
O melhor de mim!
Por que não te findas?
Aos dez, aos vinte e até aos trinta
Não se notifica o seu peso,
Mas então surgem as rugas,
Os cabelos brancos,
O cansaço oriundo dos anos.
Com uma bagagem de anos
Não sentimos mais a efemeridade das coisas,
Estas apresentam um proceder mais vagaroso.
Todavia, sentimos a dor do que foi permitido passar em branco,
E a frustração de ter sido algo tão involuntário.
Um segundo voa nas asas dos pensamentos,
Um dia, na velocidade da transição de dias e noites,
Um ano, na sucessão de lagrimas e sorrisos,
Uma vida , na efemeridade do tempo que nos é concedido.