O tempo levou
Tão pouco tempo.
A mudança foi tão veloz e amarga,
Tão triste e cruel.
O destino depôs suas armas,
Os soldados desistiram do combate,
O amor arrependeu-se da luta.
O infinito foi um segundo,
Foi o momento mais cabal,
Foi vivido e sentido intensamente,
Mas não da devida forma.
-Será que existe forma devida para o amor?
Não há certo nem errado,
Mas agora,
Quando os corações estão martirizados,
Há o questionamento.
-Aquilo foi o melhor a ter ocorrido?
Foi apenas o que aconteceu.
Não foi da maneira que se desejava.
-Mas o mundo é injusto,meu amor?
O arrependimento insiste em emergir,
Por mais que seja repudiado.
No peito resiste aquela vontade
De tentar tudo de novo.
Mas o tempo se esvaiu
Pelos ralos do destino,
E o amor-próprio foi redescoberto,
É ele que elucida o dispêndio
De um amor em vão.
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