Seria este lugar real?
Seriam essas pessoas
Compostas de carne e osso como nós?
Lugar simples,
Singelo e acolhedor.
De singular ternura
E encoberta lavagem cerebral.
Espécie de universo paralelo religioso,
Onde a religião
Não se auto-intitula como tal,
Mas exerce um incomum domínio.
Pessoas que se presumem
Como detentoras do conhecimento divino,
Somente entre elas partilhado.
Esse conhecimento não é exclusivo,
É difundido nas mais diversas religiões.
Ingenuidade da parte deles, ou presunção?
A harmonia é visível,
Há a fraternidade despojada
Da comercialização da fé
Visualizada em outros templos.
Tal harmonia apenas se mantém,
Caso se siga cega e radicalmente
Os escritos de um livro,
Cujo entendimento só se faz
Com a interpretação metafórica.
E a matriarca das leis cegas e radicais
É a submissão incondicional da mulher.
São proibidas as calças e decotes,
A valorização da perfeição do corpo feminino
É encoberta e plenamente desencorajada
Pelas longas saias e vestidos.
É divino movimentar toda uma vida
Em prol da busca da salvação na eternidade,
Contudo,
Não esqueçamos da vida na Terra.
E um medo emerge em meu ser:
Que as mulheres não retrocedam
A um estagio de servas de seus varões,
Uma vez que o movimento feminista tanto conseguiu!
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