Um dia eu encontrei um anjo.
Ele havia se perdido,
Havia perdido as asas e
Não sabia como voar.
O meu anjo
Havia deixado sua candura de lado.
Estava cansado da pureza
Do recanto celestial;
Queria ser homem
Como os homens do mundo,
Meio bruto, meio ogro.
Foi afastando-se
Do que julgava como bom em demasia.
Possuía um desejo de ser mal,
De tocar no mel(fel)da maldade.
E eu dizia:
-Você é essencialmente bom,não seja tolo!
E ele retrucava:
-Só você vê isso!
Seria eu cega,
Ou o mundo enxergava
O que meu anjo
Queria que vissem?
Muitos me julgaram
Como ingênua,
Insana,
Idiota por acreditar da beleza,
Na bondade de
Um anjo que julgavam néfilin.
Mas continuei a insistir,
A acreditar no meu anjo,
A ajudá-lo no que julgava ser importante.
Ele agora busca
Seu ponto atom.
Oxalá que o encontre,
E retome a plenitude do espírito
Que tantos buscam e
Apenas alcançam com a morte.
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