Esse mundo não me pertence.
Ele em seus giros e fusos
É tão estranho e tão novo.
Mas o que posso fazer?
Já vaguei por vários mundos
E neles me perdi ainda mais.
Essa época não me pertence.
Suas danças,
Suas musicas e seus ritmos,
Todos me são estranhos.
Sou um ponto perdido
Numa terra de ninguém;
Um coração a pulsar gritante
Sem ser ouvido.
Sou uma solitária
Em meio às multidões;
Uma estranha a todos os ambientes.
Sou minha melhor amiga,
E a pior inimiga.
Amo-me mais do que ninguém,
Mas também me odeio
Por justamente não me amar o suficiente.
Num mundo de tantos sinônimos,
Sou quase como exclusiva.
Sou duas almas
Lutando dentro de um mesmo corpo.
Sou sutil e brutal;
Sou doce e amarga;
Cândida e libertina;
Santa e puta.
Sou estranha a todos,
Sou estranha a mim.
Julgam-me por algo
Que nem ao menos sei
Se realmente sou.
Sou perdida num mundo,
Numa época,
Perdida em mim.
Esse mundo não me pertence,
Eu não pertenço a ele,
Será que a mim me pertenço?
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