A rainha há muito vagava
Procurando um peão,
Mas eis que encontra um cavalo,
Que como se fosse alado
Materializa-se no tabuleiro de seu coração.
Antes do cavalo entar em sua vida,
A rainha era negra,viva,humana.
Mal poderia imaginar
Que seu futuro fosse o completo avesso
A suas pretenções.
Que seu cavalo fosse um vampiro.
Mas o cavalo é inatingível,
Impossível mesmo para a magnânima rainha,
Que vai em busca de um peão,
Sem muito em especial.
Mas a pobre rainha estava enganada.
O cavalo a quer,
Mas não da maneira que ela imaginava.
Ele quer seu sangue,sua vida.
Sua ira é esplendorosa,
Ninguém pode tocar sua rainha,
E como ousa um peão corrompê-la.
Pobre peão...tão fraco,tão vulnerável e mortal.
Facilmente é escorraçado da vida da rainha.
Eis que o cavalo obtém seu troféu,
Sua vítima,
E a rainha seu maior sonho.
A sede do vampiro se esvai,
Não quer mais o sangue de sua rainha,
Quer seu coração,
Sua alma,
Seu amor.
Antes de tudo é necessário
Que se rompa com a barreira
Que norteia o mortal e o imortal.
Tem que embranquecer sua rainha
Com seu beijo de vampiro,
Para enfim viver por todo o sempre.
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