Imponente dama
Das inóspitas terras siberianas,
Qual o teu veneno?
O que escondes por trás deste olhar de pintura?
Luxuriosa volúpia
Que inflama-se na busca pelo utópico,
Negando e embebedando-se
Dos furtivos desejos mundanos.
Intocavelmente resoluta,
Auto-suficiente de mente,de caráter.
Relega aos reles mortais
A satisfação de seus mandados.
Encantadoramente desencantada
Com as pessoas que lhe servem,
De bom grado e admiração;
De obrigação e desprezo.
Tirana rainha
Que perde aos poucos a soberania,
Paulatinamente pela frieza glacial.
Inabalável de emoção.
Majestoso livro trancado
De inebriantes paginas negras inacabadas.
-Nobre Rainha gelada,
Seu frio não é volúvel,
Filho do vento;
É seu coração que há muito
Cansou-se de palpitar e ser repudiado.
-Sua indiferença
Fê-lo congelar,
Transfigurando o fogo do amor
Em seu mais malévolo oposto,
O gelo do desprezo.
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