Venha ao meu encontro com teu ar primaveril,
Com aquele sorriso irônico e sincero,
E me diga com aquele jeito meigo e único,
Que não é bem assim.
Toda vez que a merda vem me buscar,
Tu me dizes que não é o certo,
Que o desespero estar a me consumir,
Que sou desesperado demais.
És tão centrada,
Tão certa em tuas incertezas,
Que julgo seres a voz que em mim fala
Pela voz de outrem.
Do mesmo modo que chegas a mim
Leve, fresca e etérea,
Esvaeces como a aurora ao raiar do dia.
E que dor que me causas!
Quando creio que estou chegando a ti,
Descobrindo a ti,
Somes como a fumaça após o tragar,
Deixando o incomodo causado pelo mesmo, com teu desaparecimento.
Faze-me ser racional
E equilibrar meu equilíbrio razão-emoção;
Mas como saber a quantas anda o teu.
Não sei se choras, mas sei que ri;
Não sei se és triste, mas percebo a alegria em teu olhar,
Não sei se te preocupas, mas te vejo sempre calma.
Peço-te um ínfimo favor;
Antes que tornes a evaporar
Conceda-me o vislumbre de teu coração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário