Houve noites em que o frio reinava,
Outras em que a rainha era a solidão,
E ainda outras, onde tudo estava molhado.
Esta noite foi de chuva.
Uma chuva desprovida de qualquer melancolia,
Era até fria, mas tudo conspirava ao quente.
Foram tantas as vozes ouvidas;
Tantos os risos.
Contudo, apenas uma voz era esperada,
Um único e especial hálito.
Deixemos a hipocrisia de lado.
Nada era esperado.
A espera já havia fatigado,
Então, larguemos mão do álcool,
Ele esquenta e faz esquecer.
Viva o brilhantismo do inesperado,
Que sempre traz as maravilhas
De forma repentina e majestosa!
Bem, viestes.
Apareceste sob a luz do luar.
E que bela visão
Ver-te banhado pela chuva e pela lua!
Não espero que saibas,
Mas a escuridão me amedronta,
Nela meus demônios
Insistem em me enlouquecer.
Mas fizeste do breu desta noite,
O véu da luxuria mais funesta.
A luz da lua cobrindo-te,
Tua sombra refletida na parede,
Inundando meus olhos, minha mente,
Despertando tão impar sentimento.
Tão lindo erguido,
Firme em toda sua fúria,
Sob a luz da lua e,
Pronto para me inundar.
Tão lindo a luz da lua,
Que jamais desejo esquecer,
Mesmo que não seja
Concedido o prazer de possuir-te
Por mais uma noite.
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