O homem,
Cansado de sua vida na Terra,
Engalfinha-se num foguete
Para a Lua.
Tantas noites passou
A admirar a distante
E remota Lua,
Aspirando um dia
Pisar em seu solo.
Ser seu rei e senhor.
Numa disputa internacional,
Em que o primeiro que chegar à Lua
É o vencedor,
Vorazmente constroem-se
Foguetes e ônibus espaciais.
Sob o signo da "Águia"
O homem despede-se da Terra,
Sem a menor saudade,
E ruma à Lua.
Desce da nave.
Pisa na Lua.
Sente a falta da gravidade.
Voa.
É livre.
Anda na Lua.
Cheira seu solo.
Contempla a placidez do inóspito.
Da liberdade vem o vazio.
Na Lua tudo é vazio!
Então o homem sente-se só,
Sente falta dos amigos na Terra,
Da movimentação desta.
Finca a bandeira de sua pátria,
Já não tão amada e,
Olha ao redor
A escuridão,
O vácuo celeste,
A imensidão.
Vê ao longe
[mas não tão longe;
Uma das várias esferas
Que povoam o infinito.
Ele pasma-se de tanto encantamento,
E num urro:
"A TERRA É AZUL!"
Foi mero passo de homem
Que possibilitou "o" imenso passo
Da humanidade.
Mas o homem,
[apesar de encantado com a Lua;
Quer enlouquecidamente
Voltar a Terra,
Para caminhar sob
A ação da gravidade.
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