Véu d’água que do céu desce,
Molhando a terra,
Ensopando a terra,
Trazendo o desabamento.
Dias atrás foste escasso,
Ralo e inexpressivo.
Hoje és impetuoso,
Com toda ira acumulada
Ao longo dos tempos.
És de uma beleza sem igual,
Ainda mais quando acompanhado
Das esplendorosas tempestades de raios,
Mas onde estão elas?
Numa noite de melancolia,
De lágrimas de chuva e,
Sem a majestade dos trovões
A cidade parou.
Corações pararam...
Vidas escoaram pelas encostas,
Pelos ralos de um destino
Que muitas vezes foi tirano.
Nunca mais derramarei
As ternas lagrimas que costumava derramar outrora,
Quando me entorpecia pela magia das gotas de chuva;
As lagrimas agora serão do mais profundo luto e pesar.
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