Quando Nietzsche chorou é mais uma obra do escritor Irvin D. Yalom que data de 1992, mas a versão em portugues é de 2005. É anterior a A cura de Schopenhauer, e inaugurou o psicoterapeuta e professor Irvin na ficção que mescla psicologia e filosofia. Também segue o genero de A cura de Shopenhauer quanto a presença de temas recorrentes na psicoterapia.
A história acontece na Viena do século XIX, no qual o médico Josef Breuer vive entre dilemas e angustias oriundas da opressiva rotina familiar, de trabalho, além de tentar superar a compulsão que sente por sua antiga paciente Bertha.
Em meio a estes dilemas de Josef, aparece a estonteante Lou Salomé, que recorre desespera a Josef, a fim de socorrer seu velho amigo, um grande filósofo, de uma antiga e pertinente doença, mas o paciente não deveria saber deste pedido. E advinha quem era o grande filosofo: Nietzsche!
Josef aceita o pedido de Salomé e passa a se encontrar com Nietzsche, e o tratamento deste doente intinerante e supostamente incurável vai acontecer a base de conversa e de limpeza de chaminé, observadas atentamente pelo fiel escudeiro de Josef, jovem médico Sigmund Freud.
A troca entre médico e paciente é tão grande, no qual Josef acaba se curando de sua compulsão por Bertha, e Nietzsche da sua por seu fracassado amor Lou Salomé.
Esta obra é de tamanha ousadia, uma vez que injeta em um enredo tão intimista e reflexivo personagens famosos e verídicos como Freud e Nietzsche. Há também um belo passeio pelas principais vertentes do pensamento de Nietzsche, sua crítica sisuda ao cristianismo e a moral de escravos cristã; o eterno retorno e a transmutação de todos os valores na busca pelo superhomem. E obviamente a história não é completamente verídica.
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