Na minha solitude,
Abandonada pelo divino
E com a aura pueril exalando
Todas as substancias que perfumam e intoxicam
O céu e o inferno de teu espírito.
Lembranças de outrora e do futuro,
Que ainda escolhia sua indumentária para se tornar o presente,
Deixaram de arfar e gargalharam.
Ele havia retornado
Reencontrou-me e esculpira
A eternidade de um dia .
Obra exposta apenas ao criador e á sua inspiração
O põr do sol brilhou,
Surpresa já vista.
A noite regressara.
Agora se prostituía,
Nua e crua,
Sem o amor da lua e das estrelas
Fui obrigada a mirar
A reprodução da deficiente e injusta
Perfeição de Deus.
Os efeitos foram tão arrebatadores como da original.
A escultura mais veraz havia sido desfeita
Para tornar-se a cópia de um espelho.
Esqueci-me que há poucas viagens
Que não necessitam de volta
Nas bagagens,
A riqueza roubada de uma andarilha.
Percebi mais tarde que ele não poupara nada
A minha morada individual pertencente
Ao abrigo do Desespero e da Força
Não estava mais lá.
Único e pioneiro tornastes
Ao levar as minhas trevas
Não consigo te odiar
E o antônimo deste belo verbo
Parece que significa um deus imortal.
No dicionário cotidiano em que busco
Compreender o infinito
Mas a ignorância não me permite
A aprender a destruí-lo
A iluminação ambígua próxima da consciência ,
Tentei apagar com a verdadeira escuridão.
A inutilidade das laminas e seu triângulo amoroso...
Naquele dia resolveu fazer amor com a Vida.
Não consegui arrombar as portas da morte
Líquidos de um corvo jorraram sobre a mente
Para fingir bonança.
Resultados inesperados.
Hoje há chamas...
Fogo e sangue pela compleição dela.
Acho que são os alicerces modernos de uma nova construção
Porém,os dias passam
Á velocidade da redenção de um anjo caído,
Apesar dos controles que os humanos colocaram na Esperança
Dizerem que é um tanto longo
Já vi que andou rápido até mesmo para estes malditos calendários.
Nova visita ao antigo
Acabo de reler o livro da nossa
Pequena e intensa história.
Fora profético em tudo:
Do sol irradiado no passado,
Ás tempestades ininterruptas do presente.
Estados meteorológicos que meus olhos passaram
Após a tua volta.
E a ingenuidade do autor permanece
Continua a crer que seus personagens
São dogmas da sua rica imaginação
Continuará a dar passos
Você sobrevive, eu não
O destino quis assim !
A musa transformada na própria arte...
A matéria prima das estátuas
É o vazio,o último estágio da realidade
Teus sentidos irão te adular,
Baseando-se no reflexo do fim,
Que de fato é a liberdade,
Mas irá tua alma alegremente tormentar-se em breve.
Com minha proximidade
Planos de existência da mesma categoria
Dificilmente unem amores eternos
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