Quando da estrada da noite
Seus pés não conseguem
Manter suas pernas,
E cair em um chão de estrelas é a única direção,
O que virá são sonhos de outrora.
Sonhos apagados
Pelo rumor do transcorrer de dias e noites,
Sem o findar da incômoda luz do sol
A queimar-lhe os olhos.
A priori, tudo parecerá absurdo,
Enlouquecedor,
E sua maior vontade será gritar e fugir;
Mas não há como fugir,
Seus pés não o sustentam.
Quanto a gritar é inútil,
Infelizmente você está sozinho.
Todos os seus amigos,
Todos os que lhe queriam bem
Morreram por suas mãos;
Por buscarem alertar em demasia,
E você, simplesmente, recusava-se a ouvir.
Ficarás preso e inerte,
Refém de sua consciência,
Com o sangue de tantas mortes
Nas mãos que não são suas.
Implorará por um perdão que não virá;
Deus pode lhe ouvir,
Mas apesar de onipotente não poderá fazer nada,
Ele lhe deu o livre-arbítrio,
E o caminho errado foi sua escolha.
Mais cedo ou mais tarde,
Quando toda a vã esperança
For dizimada pela agonia,
Algum automóvel parará no acostamento desta estrada,
Abrir-lhe-á a porta,
Oferecer-lhe-á o álcool necessário
A queimar e expurgar-lhe infinitamente.
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