Eu vivi anos a fio em um sonho.
Não sabia que era um sonho,
Nunca havia me dado conta
Que fatos perfeitos demais
Simplesmente não existem.
Eu acreditava que não havia
Nada melhor do que aquilo;
E que o mal também nunca me alcançaria.
Tiveste que ir...
Eu clamei para não ires,
Que permanecesses a meu lado.
Não precisavas dizer ou fazer coisa alguma.
Só desejava a presença.
Então, o caleidoscópio do destino
Dançou e me trouxe à realidade.
E como esta é cruel...
Por vezes apresenta-se doce,
Não que seja mentira,
Mas o doce é recoberto pela esperança;
E esta, tão falsa amiga,
Engana-nos e consome.
Quero, pois, partir.
Fugir...
Tomar a longa estrada
Que se levanta sobre meus olhos.
Não é mais possível acreditar
Em algo que esmorece e desaparece,
Deixando o vazio no peito,
Como se algo de fato tivesse existido.
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