Às vezes tudo parece tão inútil,
Dispendioso e banal.
Constantes lutas são travadas
Por nada,culminando no mesmo nada.
E neste jogo
Perdem-se dinheiro,vidas,
Amigos e amores.
Transformaram-se em coisas frívolas,
Desprovidas do calor do sentido.
Enontra-se aquele vazio opressor
Em todas as partes.
Aquele aperto no peito,
Desesperado por um alento,
Impulsionando novamente ao nada.
Veem-se homens,mulheres...
Veem-se crianças brincando despreocupadas.
Todos sofrem em seus sonhos calados,
São angústias sufocadas pelo
Desprazer da aparente felicidade.
Vive-se perdido em livro infinitos,
Aprisionados em infindáveis páginas
Da Tragiomédia do Criador
Pervertida pela compulsão doentia do homem.
A indecisão é constante,
Até naqueles que julgam-se decididos.
É um movimento orgânico
Da condição humana.
O coração é um grande imbecil,
Irracional,sentimentalóide barato!
Persiste nas coisas mais absurdas,
Mais crucificantes e desnecessárias.
É com tamanho pesar,
Que deve-se afastar
Das coisas que se ama,
Que,de alguma maneira,merecem
Ser protegidas ,
Para que a clareza de pensamento
Retorne a fluir.
Homens não são máquinas.
Organismos não são engrenagens.
Pode existir um tremendo vazio,
Mas a vida não é frígida o bastante
Para ser mecanicista.
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